quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Centro Comercial Avenida - Desertificação sem solução à vista
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Último ano lectivo
Finalista!
:)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Querido amigo, Alfa Pendular!
Percurso Alfa Pendular - site: CP
Duas classes repletas de conforto
O Alfa Pendular é constituído por duas classes: a Turística e a Conforto, ambas desenvolvidas para proporcionar um maior conforto e uma maior segurança para os viajantes que além de poderem descontrair também podem optar por trabalhar. Este comboio têm à disposição dos seus utilizadores serviços de cafetaria, mini-bar, canais áudio e vídeo (com a oferta de auricular incluída), fraldário, duas casas-de-banho por carruagem, tomadas para computadores portáteis em alguns lugares e serviço de refeição ao lugar, em ambas as classes. Na classe conforto inclui ainda bebidas de boas-vindas, atendimento personalizado e distribuição de revistas e jornais ao lugar.
Classe Conforto – autor: desconhecido, site: skyscrapercity
Classe Turística – autor: Carlos Pérez Amau
Novo serviço disponível
É ainda possível, desde do passado dia 17 de Maio, aceder a comunicações móveis (voz, vídeochamada, SMS, MMS e Internet). Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, realçou, à Lusa, a importância deste facto pois “a grande parte dos passageiros que utilizam este meio de transporte são ligadas ao mundo dos negócios e aproveitam a viagem para continuar a trabalhar, era fundamental que os comboios permitissem fazer isso". Francisco Cardoso dos Reis, presidente da CP, segundo o Público, garantiu que esta novidade do Alfa Pendular não trará aumentos nos preços e que a partir de agora os passageiros poderão usufruir dum serviço de comunicações móveis sem qualquer tipo de dificuldades de recepção de sinal.
Áreas para clientes com necessidades especiais
Existem áreas específicas para clientes com mobilidade reduzida e necessidades especiais. O Alfa Pendular está equipado com elevadores de acesso para cadeiras de rodas, da plataforma para o comboio, dois lugares reservados e uma instalação sanitária adequada, ambos na carruagem quatro (CP).
Serviços especiais para pessoas com mobilidade reduzida – autor: Carlos Pérez Amau
Lugares especiais – autor: desconhecido, site: skyscrapercity
Descontos Cartão Jovem
Este serviço ferroviário inclui descontos de terça a quinta-feira mediante a apresentação de cartão jovem, facto que agrada os estudantes que são constantemente caracterizados por andarem sempre a “fazer contas à vida”. Embora este aspecto possa ser essencial, é a velocidade que faz com que o Alfa Pendular esteja entre o serviço de caminhos-de-ferro preferido dos alunos das universidades. Sara Antão, natural de Quelfes e estudante de Arquitectura em Lisboa, diz que o facto de ser o comboio mais rápido influencia em muito a sua escolha quando toca ao meio de transporte para “ir de fim-de-semana à terrinha”.
Preço elevado
Apesar de todas as excelentes condições que este comboio tem, existem estudantes que preferem utilizar outro tipo de meio de transporte. Vera Rodrigues, natural da Póvoa do Varzim e estudante de Comunicação Social em Coimbra , enumera motivos económicos como a principal razão porque não utiliza o Alfa Pendular. João Reis, estudante de Engenharia Química também em Coimbra, prefere ir para a sua cidade natal, Olhão, de autocarro pois “é mais barato, 25 euros!”.
"é mais rápido"
Porém parece que o factor velocidade continuará a ganhar ao factor preço, pois por vezes umas horinhas de viagem a menos fazem muita diferença na vida de estudantes que passam muito tempo longe dos amigos e da família. Assim como para Miguel Caiado, natural de S.Brás de Alportel e estudante de Engenharia Química em Coimbra, a escolha pelo Alfa Pendular é óbvia pois “é mais rápido, apesar de ser só mais duas horas que o inter-cidades, mas para nós (algarvios) torna-se significativo, apesar de ser muito caro.”, também para Pedro Caboz, natural de Olhão e estudante de Ciências Farmacêuticas em Coimbra, o Alfa Pendular é a melhor escolha “Porque é mais rápido, cómodo e é quase directo para a minha cidade! Apesar de achar o preço do bilhete muito elevado!”
Sequência de imagens do Alfa Pendular – autor: Bernardo Rafael
Alfa Pendular Lisboa - Braga – autor: Gallendinu
Fontes de informação:
. wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfa_Pendular
. Skyscrapercity - www.skyscrapercity.com/showthread.php?referrerid=39159&t=264338
. Público - http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1329089
. YouTube - http://www.youtube.com/
Nota: todos os sites foram consultados no dia 19 de Junho de 2008.
(Reportagem realizada para a disciplina de Jornalismo Digital, leccionada pelo docente Francisco Amaral. Junho de 2008)
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
"Sentir-me-ia desmotivada se os meus textos fossem apenas publicados em papel"
Elisabete Paulos Ribeiro – Como chegou ao jornalismo digital?
S.R. - Acho que não há conselhos específicos para quem queira fazer uma carreira no jornalismo online. O que recomendo a qualquer pessoa que queira ser jornalista – independentemente do suporte para o qual venha a escrever – é que seja persistente, justo, que se empenhe em saber e contar a verdade e que esteja sempre disponível para aprender mais. O sentido de humor é outro dos atributos que, não sendo indispensável, pode fazer alguma diferença. Fundamental, sempre, é a correcção ortográfica. Hoje em dia, com tantos dicionários online, não há razão nenhuma para se dar erros de Português. Sempre que tenho dúvidas, vou ao Priberam. Mais vale perder cinco minutos a reler um texto, do que publicá-lo mais depressa, mas com erros e gralhas. Isso prejudica a imagem do jornalista e do jornal. E isso é um risco que é preferível não se correr.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O Direito de Resposta
(Curta-metragem realizada para a disciplina Direito da Comunicação Social (2ºano) leccionada pela docente Cláudia Araújo. Abril 2008 )
terça-feira, 1 de julho de 2008
The Beatles – O Fenómeno
O ponto de partida
Foi em meados da década de 50 que John Lennon (guitarra e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), Ringo Starr (bateria e vocal) e George Harrison (bateria e vocal) se juntaram e formaram aquela que viria a ser a banda de rock mais bem sucedida do mundo e de maior influência no século XX, os Beatles. As suas músicas apresentavam as suas ideias e os seus ideais sem nunca os impor. Eram melodias dotadas de grande talento e criatividade, o que levou a que fossem introduzidos novos padrões musicais, diferentes dos habituais naquela época.
Beatlemania
Com mais de 1.5 biliões de álbuns vendidos, este quarteto conquistou uma legião de fãs nos quatro cantos da Terra. Passados dois anos de editarem o seu primeiro disco iniciou-se a “beatlemania”. Lennon, McCartney, Starr e Harrison, influenciavam todos os jovens daquela geração nas suas maneiras de vestir (nomeadamente, as botas com salto cubano), de ser, nos seus cortes de cabelo (penteado Mop Top) além de terem também um enorme impacto na música sobre toda aquela geração e muitas mais até aos dias de hoje. Até a definição de rock mudou depois do aparecimento desta banda de sucesso. Os grupos de rock passaram então a ser conhecidos como conjuntos que compunham as suas próprias músicas sem precisarem de pagar a ninguém para que as fizessem. Este fenómeno de popularidade atingiu o seu auge na, que foi considerada, primeira fase da carreira dos Beatles, ou seja, de 1962 até 1966. Era normal estarem sempre multidões histéricas e enlouquecidas à espera dos Beatles para onde quer que estes fossem. Os meios de comunicação social relatavam todos estes factos impressionantes desta banda e até mesmo quando a 9 de Fevereiro de 1963 os Beatles se apresentaram pela primeira vez num programa de televisão (The Ed Sullivan Show), este atingiu numa transmissão ao vivo um numero record de audiências, com aproximadamente 73 milhões de espectadores.
A segunda fase dos Beatles, de 1967 até 1970, termina com a separação dos elementos da banda. Após uma crise com origem em desentendimentos, o clima entre os Beatles ficou pesado. Declarações polémicas de John Lennon fizeram causaram má imagem, as experiências com drogas, o cansaço, a falta de segurança, a falta de tecnologia na época, levaram a que concertos fossem cancelados. Ringo Starr foi o primeiro a abandonar o grupo dos garotos de Liverpool, seguido de John Lennon. A 10 de Abril de 1970, depois do lançamento de Let It Be, Paul McCartney anuncia oficialmente o fim dos Beatles.
Os pioneiros
The Beatles foram os pioneiros no que toca a vídeoclipes. “A Hard Day’s Night” foi uma longa-metragem, focada na “beatlemania”, lançada a 6 de Julho de 1963, que é considerada por muitos como a ideia percursora dos videoclipes. O primeiro videoclipe surgiu com a canção “Strawberry Fields Forever”. A 15 de Agosto de 1965 tornaram-se o primeiro conjunto musical a realizar um concerto de rock da história e da música num estádio, com 56 mil fãs a assistirem ao espectáculo Shea Stadium. Ainda nesse ano foram condecorados pela Rainha de Inglaterra, com a ordem de MBE ( Member of The Order of The Order os The Bristish Empire).
Actualmente...
John Lennon foi assassinado em Dezembro de 1980 em Nova York, George Harrison padeceu de doença cancerosa em Novembro de 2001, enquanto que Paul McCartney continua uma carreira asolo e Ringo Starr continua a lançar cd’s a solo e com outra banda que formou, All Starr Band.
Os Beatles ainda encantam muitas pessoas actualmente. A sua música estará sempre na memória daqueles que a ouviram e continuará a influenciar os grupos músicas de hoje em dia. Temas como "Let it be", "Yellow submarine", "Lucy in the sky with diamonds", "Yesterday", "Help!" e "All you need is love" ainda fazem as delícias de muita gente nos dias que decorrem.~
(Reportagem realizada para a disciplina Jornalismo Digital (2ºano) leccionada pelo docente Francisco Amaral. Abril 2008)
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Noites da Guadalupe - a Tv do século XXI (2)
(Making Of da curta-metragem realizada para a disciplina Introdução à Produção Televisiva (2ºano) leccionada pela docente Carla Patrão. Janeiro 2008 )
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Noites da Guadalupe - a Tv do século XXI
Story board
Montada e concluída a curta-metragem, visa-se que o público tenha percebido as críticas à televisão portuguesa e que se tenha divertido ao visualizá-la.
A película tem de possuir um programa de entretenimento que critica os apresentadores medíocres e sem formação em que os convidados são personagens sem interesse cultural e intelectual, cujo intervalo possui uma publicidade demonstrativa das alegadas magias dos produtos publicitados.
Nisto, o programa, deve ser interrompido por causa de uma notícia de última hora. Com direito a introdução por parte de uma jornalista no estúdio, completada pela devida reportagem exterior. Nestes dois modelos jornalísticos deve estar patente a desorganização, falta de profissionalismo e falta de controlo das pessoas entrevistadas. Depois regressa-se ao programa e o convidado especial retrata um acontecimento muito badalado protagonizado por uma figura pública, como o abandono de uma entrevista, a meio por parte de Pedro Santana Lopes.
A curta-metragem, após ser visualizada, deve ter o intuito de alertar o público para a manipulação do meio televisivo e para os erros crassos que diariamente aparecem.
“A story board é aquilo que aparece na parte de trás do DVD.”
André Marques Santos
“Kaaaaaaraokes!!”
Ana Teresa Pinto
“Agora vou ser ainda mais sensual”
Maria João Lopes
“Desculpa, Teresa.”
Elisabete Paulos Ribeiro
“Opa, esqueci-me da deixa!”
João Picanço
“Vai Guada. Vai Guada, são as tuas noites!”
Ana Catarina Saraiva
(Curta-metragem realizada para a disciplina Introdução à Produção Televisiva (2ºano) leccionada pela docente Carla Patrão. Janeiro 2008 )
segunda-feira, 26 de maio de 2008
“ Um bom empurrão para deixar de fumar”
Elisabete Paulos Ribeiro – Quais os motivos que o levaram a começar a fumar? Influência dos amigos?
Diogo Coimbra – Sim. Comecei a fumar tinha por volta dos 16 anos e foi para me assumir como adulto e também por influência. Os meus amigos fumavam na escola e por brincadeira comecei a fumar também. Depois comecei a comprar maços de tabaco e quando dei por mim já era um fumador regular.
E.P.R. – Qual a sua opinião em relação à nova lei do tabaco?
D.C. – A minha opinião diverge em dois sentidos: por um lado acho bem em locais com pouco espaço, os fumadores terem que se retirar e irem fumar para a rua, porque os não fumadores não têm que levar com o fumo. Por outro lado acho mal, porque é um bocado “discriminação”, pois é como dizerem: “já que fumas sai daqui porque não podes estar aqui neste espaço reservado só a não fumadores”. Porém penso que já devia estar tudo regulamentado para as pessoas saberem, ao certo, como é a nova lei do tabaco.
E.P.R. – Não acha que se fosse totalmente proibido fumar em locais fechados, a lei seria muito mais facilmente aplicável, apesar de mais contestada?
D.C. – Não. Acho que talvez houvesse muito mais confusão do que aquela que já há.
E.P.R. – Vai deixar de frequentar espaços que costumava ir e fumar à vontade porque são agora locais sem fumo?
D.C. – Depende. Se for sozinho, prefiro ir para outros sítios. Se for num grupo onde estejam não fumadores e decidamos ir para ai, tenho que me sujeitar e tenho que ir fumar fora do estabelecimento.
E.P.R. – Então prefere sair a arriscar-se pagar uma multa entre 50€ e 750€ por fumar em locais proibidos?
D.C. – Prefiro sair, evidentemente! Não só por causa do dinheiro, mas também pelo respeito pelos outros.
E.P.R. – Poderá esta nova lei servir de empurrão para quem quer deixar de fumar?
D.C. – Sim. Acho que nesse aspecto é positivo, porque se uma pessoa está a tentar, ou a pensar, deixar de fumar, é o empurrão que faltava para se decidir mesmo em largar o vício do tabaco.
E.P.R. – Vem esta lei de uma certa forma motivá-lo a largar o tabaco?
D.C. – Poderei vir a deixar, porque ter que me levantar para fumar…pelo menos leva-me a reduzir. Só que depois é preciso mesmo força de vontade, mas um bom empurrão para deixar de fumar é!
E.P.R. – Sabia que a principal causa de poluição da Europa é o tabaco? Qual a sua opinião em relação a isso?
D.C. – Não sabia. Acho que se deviam preocupar com outras coisas piores.
E.P.R. – Como encara as 12 mil mortes anuais, só em Portugal, devido ao tabaco? Factos como este não o levam a pensar largar o vício do cigarro?
D.C. – Eu gosto mesmo muito de fumar. Já pensei várias vezes em deixar de fumar e uma vez até consegui para durante 6 meses! Só que existem sempre condicionantes, como por exemplo, o álcool e as saídas à noite. Estar a beber e não fumar é muito complicado, pelo menos para um fumador. Acho que acima de tudo é preciso muita força de vontade e não é de um momento para o outro que se consegue ganhá-la.
E.P.R. – Desde 1996 que o número de fumadores em Portugal desceu 32%, o que pensa ter acontecido para que isso ocorresse?
D.C. – O aumento do tabaco e a consciencialização das pessoas. Agora há muito mais informação sobre o risco que se corre quando se começa a fumar e as pessoas passam a optar por serem não fumadoras. E a implementação desta nova lei, também, vai contribuir para que o número de fumadores diminua.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Caetano demonstra a sua rebeldia alegrando Coimbra
Com o retorno da banda ao palco, Caetano tira o casaco e o público assobia fazendo o músico rir. Seguiram-se mais temas do novo albúm e outro como “London, London” que foi escrito quando Caetano foi obrigado a exilar-se em Londres devido a sua posição política activa e esquerdista que fez com que o cantor ‘ganha-se’ uma inimizade com o Regime Militar que foi instituído no Brasil na década de 70. O baiano também teve tempo de demonstrar que, como bom brasileiro, sabe sambar e até levantou a blusa mostrando a barriga!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Primeiras “passas” da lei do tabaco
Nova Lei do Tabaco em Portugal
Parece quase inevitável neste início de ano não se falar sobre a nova lei do tabaco, que entrou em vigor no dia um de Janeiro de 2008. Os telejornais, as estações de rádio, os blogs na Internet, a imprensa escrita, ultimamente não passam sem notícias sobre as quais se fala na tão contestada lei do tabaco. Seja porque o presidente da ASAE foi apanhado num casino a fumar uma cigarrilha na madrugada do dia de ano novo, seja porque os reclusos não têm espaços próprios para fumarem dentro das prisões, quer porque alguém se recusou a apagar o cigarro num estabelecimento e a polícia teve que intervir, quer porque algum espaço fechado não tinha a devida sinalização. Este tipo de informações têm recentemente entupido os meios de comunicação social.
Tempo de adaptação
12mil mortes anuais
Maioria dos portugueses são contra o tabaco
(Artigo de opinião realizado para a disciplina Jornalismo de Imprensa (2ºano) leccionada pela docente Susana Borges. Janeiro 2008)
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Agitação Nocturna
Aumento de violência nas noites
Parece inevitável o crescimento da violência nocturna nestes últimos anos. Cada vez existem mais jovens a frequentarem locais de diversão nocturna e a cometerem sérios excessos. Para agravar o panorama, os jovens iniciam-se cada vez mais novos neste tipo de diversões e hoje em dia é habitual encontrarem-se jovens com 12/13 anos em bares e/ou discotecas. A noite apresenta-se de braço dado com a facilidade de acesso a drogas e a álcool e apesar dos jovens estarem conscientes dos riscos que correm, surgem com maior frequência casos de excessos álcool e de consumo de drogas (que se apresentam mais como uma maneira de levar a diversão aos limites). Todavia o consumo nestes ambientes festivos está longe de ser inofensivo e embora se possa manter por tempo indefinido, existe sempre o risco de se desencadear uma dependência. Estes excessos quando confrontados com situações em que as pessoas se exaltam, podem levar ao aparecimento da violência.
Segurança - autor: desconhecido, site: Rei de Lopes
Combate à insegurança nocturna
Alguns casos de violência nocturna:
segunda-feira, 21 de abril de 2008
A incomunicação e a Torre de Babel
“ A comunicação entre os homens não é apenas uma relação de dois pólos, emissor e receptor; ela deve ser compreendida no âmbito mais lato de uma experiência do mundo.” José Manuel dos Santos
Perante estes dias de incomunicação a professora Isabel Guerra do ISCTE em Lisboa diz: “ Na passagem do rural ao urbano, dizia-se que tínhamos perdido a capacidade de socialização que tínhamos nas comunidades rurais”. Segundo o professor João Ferrão do Instituto de Ciências Sociais de Lisboa: “A incomunicação é, mais do que nunca, um desafio”.
A incomunicação consiste na incapacidade de dialogar, de compreender aquilo que nos é transmitido. Não é defeito, não é erro, é característica de quando falamos (José Pimentel Teixeira).
Comunicação e incomunicação de mãos dadas
Nos dias que correm quanto mais se aperfeiçoam os recursos, as técnicas e as possibilidades que o ser humano tem de se comunicar com o mundo, com os outros Homens e consigo mesmo, aumenta também, em idêntica proporção, as suas incapacidades, as suas lacunas, o seu boicote, os seus entraves ao mesmo processo, aumentando assim um território tão antigo quanto esquecido, o território da incomunicação humana. Podemos afirmar que olhando nas sociedades de hoje em dia a comunicação e a incomunicação andam e crescem sempre juntas. E que como não poderia deixar de ser, uma disputa com outra o papel vital de manifestação. De acordo com uma entrevista publicada no jornal alemão “Die Welt”, Umberto Eco considera que a Internet pode gerar uma incomunicação, devido ao facto de cada um poder construir na Internet a sua própria enciclopédia da sabedoria e conhecimento impossibilitando as referências culturais comuns. “Existe o sentimento de que a proliferação das comunicações, dos meios e de actos de comunicação, permitida em larga escala pelas novas técnicas de comunicar, contrasta com uma incomunicação humana que não tem directamente a ver com a materialidade desses meios, mas, antes de mais, com a especificidade da cultura e do sujeito modernos.”, é a opinião de José Manuel dos Santos, professor no departamento de Comunicação e Artes da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior que vai ao encontro com as considerações de Umberto Eco.
Incomunicação chega à literatura e aos cinemas
A incomunicação é um tema actual e está presente em vários aspectos da sociedade, como por exemplo na literatura. José Maria Pozuelo Yvancos, no seu estudo “O cânone na teoria literária contemporânea”, afirma que a teoria literária norte-americana parece viver numa acentuada incomunicação. Também Arnaldo Silva, escritor e professor de literatura, pensa que Harold Pinter, dramaturgo inglês distinguido com o prémio Nobel da literatura em 2005, “é um bom representante da incomunicação moderna, dos desajustes conjugais e sociais e da extrema solidão que se pode sentir estando acompanhado”.
Barreiras à comunicação humana
Segundo John Parry, em “Psicologia da comunicação” (1972), a interpretação dos códigos muitas vezes inclui obstáculos à comunicação. A falta de entendimento das mensagens tanto pode causar um mal entendido, deixando muitas impressões de que algo deixou de ser registado. Parry considera que existem sete principais barreiras à comunicação humana: a limitação da capacidade do receptor, a distracção (ruído), a presunção não enunciada, a incompatibilidade dos planos, a intrusão de mecanismos inconscientes ou parcialmente conscientes, a apresentação confusa e a ausência de recursos de comunicação.
Semelhanças com história mitológica e bíblica
Nas sociedades de incomunicação actuais até podemos encontrar pontos em comum com a história mitológica e bíblica da “Torre de Babel”. Na narrativa, Deus enfurecido com a ousadia dos homens fez com que todos os que participavam na construção da torre começassem a falar idiomas diferentes para que não se pudessem entender. O mesmo acontece actualmente: o facto de todos termos acesso a meios comunicação cada vez mais avançados, faz com que, curiosamente, deixemos de estabelecer boas comunicações e nos fechemos cada vez mais num mundo só nosso, sem que entendamos e sejamos entendidos por outros.
Comunicar é essencial
A comunicação é essencial para o ser humano e deve-se sempre tentar reunir as condições certas para que possamos compreender e ser compreendidos, e actualmente não estamos a fazê-lo e isso origina um défice de comunicação.
Quanto mais nos orgulhamos dos bons serviços e dos meios de comunicação de hoje em dia, mais a incomunicação a ganha força e ousadia, provocando estragos, desfazendo e desmontando, distorcendo e deformando, semeando discórdia e gerando falsas expectativas, invertendo sinais e valores, azedando as relações e produzindo incómodos. Tudo isto leva a que cada vez mais exista comparação entre os tempos que decorrem e a história bíblica para a origem das línguas (idiomas), na “Torre de Babel”. José Manuel Santos considera que a “insistência do discurso moderno no tema da comunicação é, pelo menos, um sintoma deste mal-estar-no-mundo. Em todo o caso as propostas terapêuticas da “crise da cultura” formuladas pelo último Husserl e por Merleau-Ponty passam por uma elucidação do “mundo da vida” e apresentam-se, ao mesmo tempo, como teorias e terapias da comunicação”.
Curiosidades:
- "Pensar a comunicação a partir da incomunicação"
- A telenovela "Torre de Babel"
- Babel (filme de Alejandro González Iñárritu)
- Lost in Translation - O amor é um lugar estranho (filme de Sofia Coppola)
(Reportagem realizada para a disciplina Teoria da Comunicação (1ºano) leccionada pela docente Dina Cristo. Maio 2007)
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Dizem que é uma espécie de coincidência
(Notícia realizada na aula de Técnicas de Expressão Escrita II, disciplina do 2ºsemestre do 1ºano, no dia 24 de Maio de 2007. A notícia foi construída com base no título 'Dizem que é uma espécie de coincidência', sugerido pela professora. O nome da professora utilizado na notícia é fictício.)