quinta-feira, 1 de maio de 2008

Agitação Nocturna

Autoridades preocupadas com o aumento da violência nas noites do país

Discoteca - autor: desconhecido, site: um ponto azul

A violência em bares e discotecas agravou-se com o passar dos anos e estamos a viver dias em que a insegurança reina nas noites do país. Com o aumento constante das situações de perigo, os patrulhamentos nos locais de diversão nocturna, mais do que uma obrigação policial, tornaram-se uma necessidade.

Aumento de violência nas noites

Parece inevitável o crescimento da violência nocturna nestes últimos anos. Cada vez existem mais jovens a frequentarem locais de diversão nocturna e a cometerem sérios excessos. Para agravar o panorama, os jovens iniciam-se cada vez mais novos neste tipo de diversões e hoje em dia é habitual encontrarem-se jovens com 12/13 anos em bares e/ou discotecas. A noite apresenta-se de braço dado com a facilidade de acesso a drogas e a álcool e apesar dos jovens estarem conscientes dos riscos que correm, surgem com maior frequência casos de excessos álcool e de consumo de drogas (que se apresentam mais como uma maneira de levar a diversão aos limites). Todavia o consumo nestes ambientes festivos está longe de ser inofensivo e embora se possa manter por tempo indefinido, existe sempre o risco de se desencadear uma dependência. Estes excessos quando confrontados com situações em que as pessoas se exaltam, podem levar ao aparecimento da violência.

Os tipos de violência e as suas causas

Apesar de existirem inúmeras formas de violência, a mais patente é a violência física. Os vários tipos de violência são particularmente caracterizados pela variação de intensidade, instantaneidade e perenidade. A violência nos meios de comunicação social, o acesso a armas de fogo e/ou armas brancas, a discriminação, são alguns exemplos das diversas causas propostas para justificar a violência. Porém a ciência também conclui que a violência é determinada por uma complexa combinação entre factores externos e características inatas ao ser humano. O género, os distúrbios de personalidade, a predisposição natural à violência, são exemplos. Caracterizada pela sua acção corrupta e impaciente, a violência é baseada na ira e não convence nem procura convencer o outro, simplesmente procura agride-lo.

Estudo da PSP

Grande parte dos crimes que ocorrem durante a agitação nocturna estão associados à violência. Com base num estudo realizado pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que revela que esta é uma situação a nível nacional, pode-se constatar que no topo das ocorrências, com 29% dos casos, destacam-se a desordem e o ajuste de contas, seguidos das ofensas à integridade física, com 26%. No grupo dos casos considerados mais graves, em primeiro lugar com 35% das ocorrências, está o uso de armas de fogo, em segundo lugar, com 32%, estão os casos de agressões e coacções, em terceiro, com 21%, aparecem os roubos e no último lugar, com 9% das denúncias, estão os casos de violações. O estudo da PSP revela ainda que a maioria dos casos de violência nocturna ocorrem nas noites de sexta-feira para sábado e de sábado para domingo, embora as quintas-feiras também sejam dias difíceis, e que as horas mais perigosas são entre as duas e as quatro da madrugada. Dentro dos estabelecimentos ocorrem 59% dos crimes e consequentemente 41% dos crimes decorre nas imediações. De acordo com o Relatório de Segurança Interna, 11 369 foi o número de vítimas de agressões que apresentaram queixa em todo o dispositivo da PSP, durante todo o ano de 2006.

Segurança - autor: desconhecido, site: Rei de Lopes

Combate à insegurança nocturna

Para combater a insegurança nocturna as autoridades decidiram colocar nas ruas do país mais de 700 agentes para melhorar a fiscalização na segurança privada, nomeadamente aos seguranças não credenciados e também à falta de equipamentos de detecção de armas. Conjuntamente os bares e discotecas estão a tomar as suas medidas de precaução, sobretudo, na implementação de câmaras de videovigilância, tal como a lei exige, a proibição de levar copos de vidro para fora do estabelecimento, a não venda de álcool a quem apresente sinais de embriaguez, entre muitas outras medidas de tentativa de segurança nocturna.

Alguns casos de violência nocturna:

(Reportagem realizada para a disciplina Jornalismo de Imprensa (2ºano) leccionada pela docente Susana Borges. Dezembro 2007)

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